ACDRTS a sua História
“O Embrião da Associação” Começa assim a primeira acta, escrita a quinze de Outubro de mil novecentos e oitenta e um, pelos senhores José Maria das Neves Grilo, António Fernandes Gaudêncio e Albino da Silva Salvador. Poderíamos dizer que seria esta a verdadeira data da constituição da associação, pois foi a partir deste dia que nasceu a verdadeira iniciativa para a sua formação, embora o espírito associativo já estivesse há muito enraizado nas mentes destes humildes cidadãos. Já há alguns anos que estes colegas e amigos de longa data se reuniam e organizavam passeios, lanches, convívios e bailaricos num anexo da casa do senhor José Grilo, promovendo o divertimento entre a população. Mas foi uma oferta de um terreno, para a construção de um campo de futebol, pelo senhor Lucílio dos Santos Carriço, que despoletou a necessidade de criar uma associação verdadeiramente legalizada para que o terreno ficasse em sua posse. Foram estes senhores que organizaram a primeira reunião entre a população local, no dia vinte e três de Outubro de mil novecentos e oitenta e um, para se inteirarem da sua opinião e avançarem com o projecto. Nessa mesma reunião foi aprovado o projecto e criado o nome “Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Torneira e Serrião” Para promover as duas aldeias do qual faz parte. Com uma cede provisória no anexo da casa do senhor José Grilo que já tinha servido de palco a vários eventos. Nesta primeira reunião, foi formada a primeira direcção com os seguintes membros: José Maria das Neves Grilo (Presidente), António Fernandes Gaudêncio (Secretário), Albino da Silva Salvador (Tesoureiro), Manuel da Silva Pedrosa (Vogal) e José Carvalho Fernandes (Vogal). Discutiram e aprovaram o valor das cotas (50$00 Mensal) e marcaram nova reunião para redigir os estatutos que iriam reger a associação. E certo, que será um pouco injusto não mencionam todos os outros sócios que se inscreveram na época, e em muito contribuíram para a construção da sede, que teve inicio em vinte e seis de Agosto de mil novecentos e oitenta e três. Data de registo do lançamento da primeira pedra. Calculamos que eram aproximadamente dezoito sócios iniciais o que tornaria demasiado extenso mencionar um a um todos os que contribuíram. Menciono estes cinco pelo facto de serem os primeiros dirigentes e os seus nomes constarem no registo notarial de Leiria onde foi lavrada a escritura desta colectividade a três de Março de mil novecentos e oitenta e dois. No inicio da sua criação estes sócios não pouparam a esforços para angariar fundos para as obras da construção da nova sede. Com bailaricos festas convívio venda de fogaças e alguns peditórios entre as populações locais. Deverá ser referido também o contributo que as autarquias e algumas empresas locais deram para esta causa. Com as obras da sede a decorrer a bom ritmo e já com algumas condições deu-se inicio aos primeiros eventos, com torneios de cartas, provas de atletismo, torneios de tiro aos pombos, e sessões de cinema etc...
Com a inauguração oficial da sede em mil novecentos e oitenta e nove deu-se inicio a uma nova fase. Desde esta data tivemos visitas de várias entidades oficiais e iniciaram-se projectos mais ambiciosos, tivemos uma escola de música, rancho folclórico, marchas populares que participaram no S. João da Figueira da Foz, diversos concursos que abriram portas para os serões culturais. Um grupo musical denominado “Quatro Ventos” foi uma das actividades que mais visibilidade deu a esta casa, a sua qualidade instrumental com instrumentos tradicionais, ajudado por uma sonoridade impar, teve enorme sucesso sendo requisitado para várias festas e romarias. No âmbito desportivo temos um vasto currículo no atletismo com um grupo de atletas de vários escalões etários que deram já várias provas de um bom nível desportivo, sendo o berço de algumas esperanças futuras no desporto nacional. Destacando um atleta que já conta com varias medalhas nacionais, tendo sido campeão nacional pela nossa colectividade) e um curriculum desportivo invejável o Kewin Wilson, que agora treina no Sporting, mas foi a nossa instituição que lhe despertou o interesse desportivo. O cicloturismo tem sido um dos grandes eventos desta casa que já vai na décima segunda edição com uma média de oitenta a cem participantes por cada evento, tornou-se um evento dos mais marcantes desta colectividade. Com a construção de um parque desportivo em dois mil e três deu-se inicio a várias provas desportivas. O Futsal é já uma prova de referência regional com uma afluência de público considerável. Recentemente contamos com vários eventos anuais catalogados nas diversas árias Cultural, Desportiva e Recreativa. Uma das que têm vindo a ganhar visibilidade é sem dúvida o “Grande Prémio de Caracóis” criado em dois mil e sete por um grupo de amigos numa brincadeira, tem cativado a uma afluência de participantes que excedeu as melhores previsões, tendo atingido um impacto mediático com a cobertura televisiva das televisões SIC e TVI. Devido ao crescente interesse por este evento temos como objectivo o fazer crescer, alargando-o a novos horizontes.
Vinte e seis anos de sucessos mas sempre com o âmbito e objectivo de contribuir para uma integração social, assumindo um papel determinante na promoção da cultura, do desporto e na área social. Mais do que uma edificação, esta colectividade tem sido uma escola de vida para todos os que dela tem feito parte onde se aprendeu valores sociais fundamentais para a solidez de uma sociedade mais justa. Dai a necessidade e um objectivo comum manter vivo este espírito associativo. O nosso lema é e será sempre: “A RAZÃO DA NOSSA EXISTÊNCIA SÃO AS PESSOAS”
Texto de:
Célio Pedrosa
Teatro ao Luar
Teatro ao Luar no Casino da Figueira da Foz
Dia 25 de Abril 2011 Grupo Cénico Renascer de ACDRTS
"Como se Rouba Uma Prima..."
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